A Sensos-e é uma revista multimédia, com publicação bianual, em formato eletrónico, cujos temas se centram na investigação, inovação, desenvolvimento e intervenção no âmbito da Educação. O atual número é o primeiro do segundo volume, tendo como tema principal GeoGebra na Educação.
O GeoGebra, criado por Markus Hohenwarter, é um software de matemática dinâmica que pode ser utilizado em todos os níveis de ensino, desde níveis de escolaridade mais baixos até ao ensino superior. Este software, construído com uma intenção educativa, quando usado em ambiente de sala de aula, pode ser um meio facilitador do processo de ensino e aprendizagem de diversos conceitos, sobretudo geométricos. A seguir ao presente editorial é apresentado um pequeno texto, acerca da comunidade mundial GeoGebra, elaborado por Markus Hohenwarter.
Os quatro primeiros artigos apresentados a seguir ao Prefácio são o resultado de uma colaboração com IV dia GeoGebra Portugal, que se realizou na ESE IP-Porto em 31 de Maio de 2014.
Relativamente às publicações recebidas, é de mencionar que foram submetidas sete propostas para publicação relacionadas com o tema central definido para este número da revista e duas acerca de outros temas da área da Educação, tal como a Chamada de Trabalhos permite. Dos nove artigos recebidos, apenas seis foram aceites para publicação (dos quais cinco relacionados com o tema GeoGebra na Educação), após análise dupla de revisores, onde foi preservado o anonimato dos autores e revisores. Acrescenta-se que este trabalho de revisão foi levado a cabo por investigadores reconhecidos na área científica em causa, nomeadamente alguns elementos do Conselho Editorial da revista e outros convidados para o presente número.
No artigo “Introdução ao plano hiperbólico com o GeoGebra”, cuja autoria é de Cláudia Maia e de Lucile Vandembroucq, é apresentada uma caracterização do modelo Disco de Poincaré, sendo também exibidas propostas de construções, no GeoGebra, nesse modelo de geometria hiperbólica, como por exemplo construções de pavimentações recorrendo a polígonos regulares.
Em “The Riemann Sphere in GeoGebra”, os autores, José Manuel dos Santos dos Santos e Ana Breda, mostram-nos como criar uma ferramenta, no GeoGebra, para se estudar propriedades da projeção estereográfica. O estudo permitiu identificar vantagens no uso dessa ferramenta na abordagem de questões matemáticas não-triviais, como a visualização da aplicação da projeção estereográfica, para se estudar propriedades da esfera de Riemann e da Transformação de Möbius.
No artigo “GeoGebra: para o Ensino, para a Matemática”, de Celina Abar, descrevem-se atividades, com recurso ao GeoGebra, levadas a cabo pelo grupo “Tecnologias e Meios de Expressão em Matemática”, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Os resultados obtidos com esta investigação alertam que, para se promover uma melhoria no ensino da Matemática, os professores necessitam de ultrapassar dificuldades no uso das tecnologias, devendo integrá-las na prática docente, nomeadamente o GeoGebra, já que facilita a construção de conhecimentos matemáticos.
O artigo “Ventajas técnicas del GeoGebra en el desarrollo de la modelización funcional y del cálculo diferencial en Secundaria”, de Catarina Oliveira Lucas, permitiu mostrar de que modo o GeoGebra pode potenciar a construção e manipulação de modelos funcionais no estudo do cálculo diferencial, no ensino secundário.
No artigo “O GeoGebra no estudo das isometrias do plano”, os autores Dárida Fernandes e Nuno Silva, apresentam uma abordagem do conteúdo isometrias do plano, no sexto ano de escolaridade. Através da realização deste trabalho, foi possível verificar que a complementaridade entre as ferramentas tradicionais de desenho, como a régua e o compasso, e o recurso ao GeoGebra favoreceu a aquisição de conhecimentos dos alunos, relacionados com o conteúdo em questão.
Em “Apropriação do espaço pelas crianças nos jardins-de-infância”, o autor, Miguel Castro, defende que, para se potenciar o crescimento harmonioso e global e as aprendizagens das crianças, as mesmas devem ser sujeitas a experiências significativas de apropriação do espaço. Neste artigo é, ainda, apresentado um conjunto de atividades, a aplicar nos Jardins-de-infância, preparadas com os alunos de Prática Pedagógica da Escola Superior de Educação de Portalegre.
A editora do número 1 do volume II da Sensos-e agradece: aos autores, que submeteram propostas de publicações; aos revisores, membros do Conselho Editorial da Sensos-e; aos revisores convidados, especificamente para este número da revista, pela preciosa colaboração dada na revisão dos artigos e, ainda, à Diretora Editorial da Sensos-e, à Doutora Maria João Silva, pelo convite que lhe foi feito.
Esperamos que o presente número da Sensos-e seja do agrado dos leitores e que os mesmos divulguem os artigos publicados.